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Yoga e Tantras coisas mais...

Conteúdo

1História do Yoga e sua mestiçagem como origem

Trataremos aqui do Yoga como um conjunto de sociedades contra o 'Estado'. Este aqui aqui representado como toda e qualquer força externa totalitária que vise a sua unificação. Mostraremos a fábula do yoga original faz parte de uam espécie de prolongamento mítico edênico (Adão e Eva expulsos do Paraíso). Traremos, de forma contra-colonial deste discurso, a ideia dos povos originários americanos do inimigo transformado em "cunhado" e/ou comido em banquetes rituais. Referências do Módulo: CLASTRES, P. 2014. Sociedades contra o Estado. São Paulo: Cosac Naify. MALLINSON, J. 1995. Yoga & Yogis. Namarupa, 15(3): 01-27 VIVEIROS DE CASTRO, E. 2014. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify.
  • Leituras do Módulo 1

  • O que é Yoga?

    06:51

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  • Ética Predatória x Ética Canibal

    02:40:00

2Yogados Modernos, Pré-Capitalistas e os Sem-Linhagem

Como yogar sem pretender ser “oriental” e, ao mesmo tempo, brasileiro sem desrespeitar a tradição sul-asiática? Só há um jeito, incorporando sua cultura no yogar que lhe inspira (naga, natha, moderno, tantrika, ananda marga ou qualquer outro) o que, obrigatoriamente, passará pela confluência de um yogado outro ou mestiço. É isso, todo yogado é autêntico, pois imanente e mestiço, por isso, nômade e selvagem. Mesmo o yogado sedentário ou neoliberal - aqueles que se pensam originais, universais e pertencentes a uma metafísica constante (seja a Védica ou a do Capitalismo) - são inconstantes e selvagens. Referências Bibliográficas: VIVEIROS DE CASTRO, E. 2023. O Indígena. WILDCROFT, T. R. 2018. Patterns of Authority and Practice Relationships in ’Post-Lineage Yoga’. PhD thesis The Open University.
  • Leituras do Módulo 2

  • Quem é o Yoginn BR?

    09:21

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  • Feitiçaria Yoguica Contemporânea

    01:52:54

3Yoga como Ideia ou Utopia

A utopia como algo irrealizável e utopia como algo ainda impensado (não cogitado ainda). A busca moderna de “evoluir” o yoga antigo, místico e mágico com a ciência ou “retornar” ao ancestral como algo universalizável ou perene, mas perdido no contato com culturas não-asiáticas, reflete o medo desse ideal imaginário desaparecer. E o que fica quando o imaginário sucumbe a realidade não seria, enfim, Yoga? O seu oposto, o que vivemos hegemonicamente hoje, é um yogar niilista, aquele que desiste desse com esperança noutro mundo, irrealizável. Por isso, que as utopias yoguicas retornem ao subjetivo yoguico pós-linhagem. Referências Bibliográficas: SZTUTMAN, R. 2018. Pensamento Ocidental e Cosmologias Ameríndias com Renato Sztutman (minutagem 38:57). Palestra “Pensamento Ocidental e Cosmologias Ameríndias” com Renato Sztutman, Gersem Baniwa e mediação de Paul Heritage, realizada no Sesc Vila Mariana, em abril de 2016, como parte da programação do seminário Utopia 500 anos. Acessado em https://www.youtube.com/watch?v=xl4-FGQXsBc&t=4396s WHITE, D.G. 2011. Yoga, Brief History of an idea. Acessado em https://assets.press.princeton.edu/chapters/i9565.pdf
  • Leituras do Módulo 3

  • Yoga e Tantras coisas mais...

    14:50

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  • Yogue como Mago ou Pajé: O "Diplomata" entre Mundos

    02:00:00

4Yogados Salvacionistas x Yogados Encantados

Neste módulo, nos permitiremos a criticar os yogados salvacionistas (ou 'mokshanianos') e os yogados encantados (ou feiticeiros). Fomos convencidos, por aproximação ao cristianismo, q o Yoga-Sutras de Patanjali seria a “bíblia” do yoga e o Hatha-Yoga Pradipika e o Gheranda Samhita uma espécie de “guia prático” dos sacrifícios rituais diários. Mas essa perspectiva é apenas uma dentre tantas outras cosmologias possíveis, por isso as heterotopias (muitas utopias e não apenas uma) dominam o campo rizomático espiritual yoguica sul-asiático e não o seu oposto, dominante entre os yogados fruto do transplante espiritual do yoga ou Yoga Postural Moderno, como fica denominado academicamente o que praticamos hoje. Referências Bibliográficas: ANDRADE, O. 1976. Manifesto Antropófago. In: Revista de Antropofagia. Reedição da Revista Literária publicada em São Paulo – 1ª e 2ª dentições – 1928- 1929. São Paulo: CLY. Acessado em https://cdn.culturagenial.com/arquivos/manifesto-antropofago.pdf FOUCAULT. M. 2013. O Corpo Utópico, as Heterotopias. São Paulo: N-1 Edições. SIMAS, L.A. & RUFINO, L. 2020. Encantamento sobre política de vida. Mórula Editorial.
  • Leituras do Módulo 4

  • Um Jeito de Yogar Brasileiro?

    16:26

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  • Aula 4: Corpos Utópicos

    02:00:00

5A Produção dos Yogins Mestiços ou Contra-Coloniais

Com a migração dos yogas sul-asiáticos a geografias espirituais ocidentais e suas colônias (como a América Latina), ocorre, como em todo civilizado e moderno, um processo infinito de purificação e tradução dos yogas 'bárbaros e selvagens'. Esse processo, inevitavelmente, inventa yogas “mestiços” (e os seus "quase-yogins"). Com isso, mais jeitos de yogar e yogados que 'precisam ser purificados e traduzidos' - leia-se coisificados e transformados em mercadorias. São estes yogados mestiços que constituem o que ingleses cunharam de pós-linhagem, ou seja, os responsáveis reais pelo retorno (ou resgate?) da tradição corporal yoguica pluridiversa em toda sua selvageria e indocilidade de se comportar como "deveriam". Referências Bibliográficas: SIMÕES, R. 2018. Early Latin American Esoteric-Yoga as a new spirituality in the first half of the 20th century. International Journal of Latin American Religions, 2:290–314 __________. 2022. In Search of the Authenticity of Contemporary Yogas of Non‐Indian Matrix. International Journal of Latin American Religions, 6:323–346 WILDCROFT, T. R. 2018. Patterns of Authority and Practice Relationships in ’Post-Lineage Yoga’. PhD thesis The Open University.
  • Leituras do Módulo 5

  • Yoga e a Libido por Um Guru

  • Aula 5: O Yogue Moderno é um Melancólico?

    01:59:09

6Yogados Indóceis: Modos e Significados

Vamos propor aqui, um panorama que revela Yoga (sobretudo yogues e seus coletivos ou Yogados) como um meio de resistência na transformação e surgimento de novas utopias (platôs ou Ordenadores de Realidade/ mayas) e não a consolidação de um só meio de vida. Em outras palavras, yogar exige um convívio com o visível e os invisíveis, uma quebra-demanda do colonizador e 'mercador neoliberal' e também humanos e não-humanos; isto é, jeitos de (re)encantamento da vida. Por outro lado, os yogues modernos (desde Vivekananda) vieram consolidando um sedentarismo yoguico, por isso viemos aqui reclamar o retorno (ou continuação) do nomadismo yoguico sul-asiático aos moldes latino-americanos (ou ao contrário, mas sempre o anúncio de yogues ainda porvir). Ao invés de uma metafísica universal que imaginamos viver hoje, a inconstância da imanência na alma selvagem e indomável dos yogues yogando seus yogares independente dos yogamentos possuir ou não uma linhagem determinada, fixa e imutável que os ligue à Shiva, Brahma ou Xangô. Invoco aqui todos os yogues, "santos", xamãs e "healers/curandeiras" mestiças que ainda prevalecem, mesmo que silenciados pelas alianças, federações e revistas de vigilância e punição que operam deslegitimando quem não se pareçam com eles hoje. Referências Bibliográficas: BLANC, ALDIR. Querelas do Brasil. Universal Music. 3:58 BELCHIOR. Alucinação. Universal Music. 4:54 DOS SANTOS, A.B. 2015. Colonização, Quilombos: Modos e Significados. Brasília: Universidade de Brasília.
  • Leituras do Módulo 6

  • Yogar Bio-Interativo e o Sintético

    14:32

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  • Shiva Castrado ou por um Yoga do Desamparo

    01:52:34

7Somos Todos Mestiços

O europeu e o estadounidense que nos coloniza se esqueceu que também foi invadido, perdeu sua cosmologia e, portanto, colonizado. Ninguém se lembra, pois esqueceu que esqueceu. Adota o mito adâmico e se sente agora um pecador que precisa de 'paciência para prosperar' (está em falta - com Deus e a Sociedade: neurótico). Este yogin eurocristão sempre que encontra o estrangeiro/ o estranho, o percebe como um espelho invertido de si-mesmo que precisa/ deseja ("dever moral") trazer sabedoria a este impuro, afinal, não pode cometer o mesmo erro de seu pai Adão que sucumbe "as vontades da carne" em Eva/ Natureza-Mãe. É preciso animalizar esses desalmados (brasileiros, mexicanos, árabes, indianos, quilombolas...) para que eles se sentiam como nós, os únicos humanos: "aí de nós, Arianos, nos transformar neles, esses orientais, latinos... estrangeiros"). De politeísmo ao monoteísmo, do encantado ao desencantado, do selvagem ao civilizado, da imanência com suas infinitas metafísicas canibais ao transcendente com sua metafísica universal. Em suma, éramos (ou somos, nós latino-americanos, em nossa origem esquizoyoguica) muito mais próximos aos afectos yoguicos sul-asiáticos pré-capitalistas pluridiversos do que os yoguicos modernos (mesmo os sul-asiáticos) que se acham responsáveis por resgatar a essência do yoga ou “desmistificá-los”. Referências Bibliográficas: DOS SANTOS, A.B. 2015. Colonização, Quilombos: Modos e Significados. Brasília: Universidade de Brasília. VIVEIROS DE CASTRO, E. 2021. Os Dois “Índios”. Acessado em https://www.academia.edu/112159930/Os_Dois_%C3%8Dndios_
  • Leituras do Módulo 7

  • Yoga Mestiço e Plural, você aguenta isso?

    17:15

  • Encontro 7| Yogues Siddhizeiros

    01:56:17

8A 'Liber(T)ação' do Yoga está no seu Poder Comunitário

Aqui, de uma vez, iremos adotar uma visão que revisita, incorpora e engole num banquete antropófago (sem dó) os conceitos clássicos do Yoga por uma perspectiva "inovadora"; e coloco entre as aspas, pois nunca houve yoga sem suas comunidades (sampradayas ou sanghas). Fomos nos desconectando do poder comunitário/solidário do yogar conforme fomos nos descolando (nós, yogins modernos) da realidade, que é sempre social. Caímos na falácia eurocristã dominadora e colonial (não incluo aqui o cristianismo em si) de um ascetismo que vive fora da sociedade. Reclamamos, agora, um novo yogado forjado por corpos atualizando a tradição yoguica a cada prática (ou sadhana). Referências Bibliográficas: DOS SANTOS, A.B. 2015. Colonização, Quilombos: Modos e Significados. Brasília: Universidade de Brasília. FANNON, F. 1968. Os Condenados da terra. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira. GUATARRI, F. 1985. Revoluções Moleculares. Brasília: Ed. Brasiliense. MALLINSON, J. 2007. Identidades Yoguicas: Tradição e Transformação (tradução livre). In: The Ocean of the Rivers of Story by Somadeva. Ed. Clay Sanskrit. Acessado em https://asia-archive.si.edu/essays/yogic-identities/ ROLNIK, S. 2019. Esferas da Insurreição. 2a. Edição. São Paulo: N-1 Edições
  • Leituras do Módulo 8

  • Aula #9: Decolonizar-se do Yoga Oriental

    01:36:54

  • Yoga como uma Micropolítica-clínica Subersiva e Siddhizeira

    02:01:22

  • Animismo no espelho modernista (LER pp.106-114)

    240 págs.

  • Encontro#10: Doença Histórica do Yogue Moderno

    01:20:00

DANIEL CAMPOS MACEDO

DANIEL CAMPOS MACEDO

Ótimo curso, conteúdo bom com referências claras, sem contar a apresentação bonita e organizada.

Bruna Franco

Angélica Vanessa da Silva

Ramon Diedrich

Rafael Borim

Rafael Borim

Nunca mais serei a mesma!

Velane Oliveira Fernandes

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