Yogins Anões do Labirinto

* Chegara o momento de arregaçar as mangas e compreender, (in)definitivamente, quais ferramentais seu yoga guarda - yoga como uma "caixa de ferramentas".

* Só agora teremos condições de iniciar a construção de nosso Corpo Yoguico - ou a desorganização necessária para alcançá-lo (e depois perder-se mais uma vez). O processo é o que espreitamos, o jeito de fazer.

* Nos afundarmos ao Cultivo da Prudência - ou ascese yoguica (sem isolamentos sociais ou mortificações corporais). A razão não é sua inimiga caro yogi(ni). O desvio ou as dobras são importantes, mas com a prudência do módulo passado, adquirimos aqui, o jeito de pensar com o corpomente.

* O Cuidar, enfim, de Si - não do Ser (pronto e acabado delirante), mas do Si-vindo-eternamente-a-Ser. Não somos, mas estamos (num eterno) sendo. Angustiante no início, libertador no caminho. Sê pleno, cessa-se a busca... nenhum lugar pra ir, nenhum lugar pra chegar. Tudo é o ponto A, sem o B (imaginário) a ser almejado. Vidas na horizontalidade, sem hierarquizações ou metas a atingir. Yogas em nomadismo, pois não há fora no plano da imanência.

* Incursões à experimentações desalienantes (aniquilação progressiva da ignorância|avidya) e vivências de novas utopias é o que visaremos apreender. Há, gradualmente, o cultivo e construção de nossos próprios valores e sentidos edificantes da vida singular que somos. Yoga como aliado, nunca modelo. Suas lindas escrituras não são revelações, seus gurus (potencialmente) aliados (ambos se fortalecem da aliança) e suas organizações, como coletivos yoguicos desviantes que se sedentarizam como faróis ou observatórios aos peregrinos e buscadores que desejam voltar a se perder, ou desviar-se dos modelos yoguicos delirantes. Compreenderemos que os yogas são rizomas, sem raízes, por isso livres.