Roberto, finalizei o curso agora e quero deixar grande obrigado e um breve relato.
Quando fiz 18 anos, caí na hotelaria, um ramo que detesto. Foi nesse período que descobri o yoga. Enquanto trabalhava em hotel, tive a chance de fazer o curso de formação e dar aulas por um ano em Atibaia.
Acreditava que o yoga era minha vocação. Durante esse tempo, tive bons encontros e ganhei mais autonomia, mas percebi rápido que aquilo não era nada além de um novo trabalho. Eu apenas havia trocado de função.
Na época, ainda não conhecia você. O yoga estava em queda, no meio da pandemia eu havia perdido alunos, e recebi uma proposta para voltar para a hotelaria com salário maior. Acabei aceitando voltar para o hotel mesmo não gostando, largando as aulas de yoga e tentando aplicar a prática na vida real, fora da sala.
Dois anos depois, em 2021, muita coisa aconteceu. Foi nesse momento que conheci seu curso, quando eu estava numa fase bem fudida da vida. Na primeira vez que vi seus vídeos, fiquei irritado com o que você dizia e até saí do vídeo. Mas havia verdade ali ,meu pequeno fascista gritava quando eu ouvia você falar. Como sempre fui curioso, decidi tentar entender melhor o que você queria transmitir. Então mergulhei: assisti a todos os vídeos no YouTube e depois entrei na plataforma em EAD.
Obviamente, no início, você bagunçou minha cabeça. Fiz algo que não deveria: pulei o muro de uma vez só, em vez de ir devagar. O resultado foi uma depressão pesada, com abuso de drogas e álcool, perdendo todo ordenador de realidade, realmente todos. Nem o yoga, nem nada preenchia aquele vazio.
Mas entre idas e vindas, comecei a resgatar meu processo criativo (não foi facil). Nasceu uma nova perspectiva de estar no mundo ,difícil até de colocar em palavras. Voltei a escrever um livro, compor músicas, tocar guitarra e violão, a treinar (a ter vida). E mesmo com o trabalho cansativo na hotelaria, que continuo não gostando, passei a olhar para ele de outra forma: não como um destino ou lugar de felicidade eterna, mas como uma jornada em constante devir.
Esse artista, que havia morrido em mim por um tempo (criança interior), renasceu. E isso só foi possível graças ao mergulho profundo ,ainda que difícil de digerir ,em todas as ideias que você transmite de forma tão singular em cada aula.
Hoje não pratico mais yoga como antes, em forma de ásanas. Me interesso por outras coisas, e talvez minha prática tenha se integrado à vida em outros aspectos que não têm relação direta com o yoga. Ainda assim, assistir aos seus vídeos continua sendo libertador mesmo que não precise mais deles e que não tenham uma utilidade (função) direta com o meu cotidiano, afinal não dou mais aulas de yoga, mas o conhecimento que você passa vai muito além disso.
Muito obrigado por compartilhar seu conhecimento de maneira tão didática e autêntica !