80 horas
Curso Livre (des)Formação de Yoga
R$ 2.800,00 ou
12x R$ 294,65
Mais um projeto de estudos ensaísticos do Prof. Roberto Simões onde, mais uma vez, o problema é a superação do pensamento metafísico que domina os yogares modernos e contemporâneos. Como vencer o niilismo e não se desesperar com a falta de sentido? Há um dilema que se explicita a todes yogues despertos em busca de sua autenticidade; se decidir entre tantos yogas exige negar os outros ou acreditar que todos levam para o mesmo "estado das coisas".
A pluridiversidade de filosofias yoguicas antigas, medievais e modernas é a evidência de um Plano de Imanência ou 'Rizoma' que torna tantos yogas possíveis. A tensão hoje e ontem sobre o que é yoga, seu objetivo, indefinições de conceitos é característica de um Pensamento Nômade; são os sedentários que precisam optar ao invés de viver entre "metafísicas canibais". Convido você a se aventurar a criar sua própria linha-de-fuga aliando-se ao Yoga, inventando-se no comunal, ao invés de uma busca individual - esta descolada com a realidade. Não é sobre (auto)conhecimento, mas NOSSO(conhecer) das coisas, {reencantando a si-outres}.
(a).Fundamentos do Yoga é um esforço artístico (mais do que científico ou filosófico) de elaboração de novas estéticas da existência em um mundo yoguico atropelado de certezas, perfeições, igrejas, homens-santos e livros sagrados. É uma tentativa em "reativar a feitiçaria" do yoga fora do senso-comum de xamãs, swamis, rishis e outres, mas na "quebra-demanda" do yoga enfetichizado pela sua mercantilização pela Indústria do Bem-Estar.
Mas entenda, isso não é algo sobre o moderno e o contemporâneo do Yoga, o que faz muitos yogins e estudiosos se refugiarem na história antiga, ancestral e tradicional da Índia, Egito ou 'Caxemira'; estamos numa luta de resistência contra a "doença historicista" que domina o campo espiritual, científico e filosófico do Yoga.
Serão 5 encontros que transformarão para sempre sua perspectiva idealista/mitificada e|ou des_iludida/mistificada do yoga, por isso esteja preparade! A sua visão sobre Yoga e os seus yogares e yogamentos se ampliará em infinitas novas impossíveis perspectivas, mas sobretudo, se sentirá absolutamente confiante na construção espiritual de sua própria estética de existência yoguica anti-produtiva, não-funcional e imperfectível.
As oficinas libertárias tratam da vida viva e não da vida de yogin, muito menos do 'fazer yoga', mas daquele que decide cozer seu corpo no fogo yoguico e mergulhar em tudo o que ainda não viveu.
Yoga Contemporâneo
Somos yogues da contemporaneidade, não somos mais modernos como Yogananda ou Iyengar, e nem nunca tocamos a vida yoguica medievalista de um Matsyendra, Shankara ou antiga de um Patajanli ou dos Aranyakas. Quem realmente somos? Replicadores dos que vieram antes?
Será que nos resta apenas traduzir e interpretar textos antigos do yoga, recordar a “era de ouro” dos rishis e se especializar na descrição da tecnologia pré-moderna yoguica? Vivemos o fim da história do yoga e o que nos resta é lamentar o que nunca seremos, desiludidos com o futuro e resignados com o presente degenerado?
Yoga Libertário parte dessas inquietações e discute em 5 encontros o que há para além de yogamentos cultuadores do que já foi e os adeptos desiludidos com o que virá, por isso devotos do “momento presente”. Há futuro no yoga ou tudo sobre ele já foi descrito, pensado, sentido e discutido por quem nos antecedeu e viveu na Ásia? Yogins autênticos são os que imitam outres, num esforço de não ser, mas de estar em outra vida que não a minha? Todos os problemas e contradições da vida atual (política, econômica, religiosa, social) já foram contempladas nas escrituras sagradas dos yogas antes de nós?
Cabe a nós, apenas imitar os desenhos das posturas que outres pintaram, reproduzir experiências de livros sagrados e seguir mestres que se devotaram a líderes religiosos do sul-asiático? O que produzimos yoguicamente diferente, é sempre inautêntico? Descobrimos que yogar diminui sintomas do estilo de vida acumulador que levamos, secreta serotonina e seguimos nos fantasiando de swamis na América Latina; é assim que seremos lembrados pelos yogues do século XXII? É esse o legado que deixaremos? Uma série de compilações em sânscrito e páli traduzidos para outros idiomas de sutras e como ficar de cabeça para baixo protegendo a cervical sem gerar danos no punho?
As perguntas são simples, mas ainda assim inquietantes. Todes nós, yogins latino-americanos, estamos enfraquecidos pela “doença histórica”: vendemos autoconhecimento, vida plena, fim do estresse e outros clichês, mas não sabemos quem (ou o que) somos, mas seguimos firmes comercializando a "melhor e mais fiel" tradução do B.Gita, Tantra da Caxemira ou como meditar com as pernas cruzadas numa certeza que só os tolos conseguem suportar.
Yoga é o fim da alienação, de ignorar (avidya) as ilusões que nos aprisionam (maya). Nunca foi sobre o fim de maya, caso contrário, seríamos desiludidos ou condutores de vidas yoguicas sem sentido (Ética). Vidas sem sentido conduzindo acumuladores de sentido, é assim que os yogas se comportam contemporaneamente.
Qual o propósito (sankalpa) do Yoga é uma pergunta falsa ou mal disposta. Yoga é um aliado (nunca caminho) na invenção de jeitos outres de se viver, não há uma fórmula, esse é o segredo de qualquer yogamento. Se a busca é quem eu sou, com certeza não será na Índia, Grécia, Egito ou Tibete que um colombiano ou baiano de Arraial D'Ajuda encontrará a resposta. Não será imitando Patanjali, Deleuze ou um Dalai Lama que eu ou você seremos mais yogues do que outres.
Somente investigando de forma crítica e material a história destes (e de nós, latino-americanos) em aliança aos yogas e o meio social em que viveram que poderemos retomar o processo criativo de futuros impossíveis.
Esse é o convite que lhe faço aqui neste Projeto Yoga de Propósito: Oficinas Libertárias, revisitar o ancestral yoguico, atualizando-o em nossos corpos na elaboração (sempre coletiva) novas formas de existir ainda não experimentados. Estamos escrevendo a história do yoga, a tradição do yoga (sempre viva) continua sendo vivida a cada prática, leitura e afeto que sentimos e expandimos em outras vidas. O Yoga não mora no passado, caso contrário, já não existiria.
Do praticante iniciante ao professor de yoga já tarimbado, este ciclo de estudos lhe auxiliará a repensar com o Yoga.
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Fique tranquilo, você poderá participar desse curso por tempo vitalício.
1O Problema (ou contextualização)
Nietzsche e a doença da consciência histórica
6 págs.
Aula Um| Comece Aqui
30:00
2O Propósito (ou o que é Yoga mesmo?)
Yoga: um objeto de fronteira?
14 págs.
Aula Dois| Yogins são Niilistas
40:00
3O Corpo Estéril, Mente Potente
Diálogos com Thomas Csordas: o paradigma da corporeidade na Educação Física
9 págs.
Aula Três| Colapsando MenteCorpo
52:09
4O que Pode um Yoga?
Yoga como cosmopolitica de imagens-potência
Aula Quatro| Yogin ou Professor de Yoga?
58:13
5Considerações Extemporâneas
NIETZSCHE: UMA FILOSOFIA DA IMANÊNCIA
258 págs.
Aula Cinco| Cabe Tudo Enquanto Yogo de Ouvido
37:43
6Aproximações
O Niilismo do Yoga Contemporâneo
01:30:13
O Cinismo dos Yogas Capitalistas
01:18:00
O Déspota dos Yogas Conservadores
01:36:48
O Que Fazer?
01:39:16
O curso U+E9 ao vivo ou gravado/
Acesso Vitalício
Até 4 anos de suporte
Estude quando e onde quiser
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